quarta-feira, 3 de novembro de 2010
HUMOR ECLESIÁSTICO! Piadas do Éber
Um jovem vai à igreja confessar-se:
- Padre, eu passei a mão nos seios da minha namorada.
- Foi por cima ou por baixo da blusa dela?
- Foi por cima, padre...
- Da próxima vez passa por baixo, pois a penitência é a mesma.
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Na hora do almoço, a madre superiora anuncia:
- Irmãs, hoje teremos bananas de sobremesa!!
- Ehhhhhhhhh!!!! Vibram as freiras.
- Em rodelas!!
E as freiras, decepcionadas:
- OOhhhhhhhhh!!!!....
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Um paciente está na capital, para um exame periódico de saúde.
- Você bebe?
- Dois copos de vinho por dia...
- Fuma?
Dez cigarros por dia.
- E sexo?
- Duas ou três vezes... por mês.
- Sóó? Com a sua idade e a sua saúde, era para ser duas ou três vezes por semana.
- Sabe como é, doutor? Se eu fosse bispo na capital... até que dava...., mas padre numa diocese pequena, no interior....
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A freira vai ao médico:
- Doutor, estou com um ataque de soluços horrível.
Não consigo comer, nem dormir,... nada.
- Tenha calma, irmã, que vou examiná-la.
Ele examina-a e diz:
- Irmã, a senhora está grávida!
A freira levanta-se em pânico e sai correndo do consultório.
Uma hora depois o médico recebe um telefonema da madre superiora do convento:
- Doutor, o que é disse á irmã Carmem?
- Madre superiora, como ela tinha uma forte crise de soluços, passei-lhe um susto dizendo que estava grávida. Ela parou de soluçar?
- Sim, a irmã Carmem parou de soluçar, mas o padre Paulo fez as malas e sumiu!!!
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- Padre, ontem eu dormi com meu namorado.
- Mas isso é pecado, e pecado mortal minha filha.
Reze cinco Pai Nosso, de penitência!
A jovem fica mais algum tempo ajoelhada, pensa um pouco, e depois pergunta:
- Se eu rezar 10 posso dormir com ele hoje de novo?
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A campainha toca na casa de um tipo muito pão-duro.
Quando ele atende, dá de cara com duas freiras pedindo donativos..
- Meu filho, nós somos irmãs de Cristo e...
- Nossa!!! Como vocês estão conservadas!!!
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Um burro morreu em frente de uma Igreja e como uma semana depois o corpo ainda estava lá, o padre resolveu reclamar ao Presidente da Junta.
- Presidente, está um burro morto á frente da Igreja há quase uma semana!
E o Presidente, grande adversário político do padre, alfinetou:
- Mas Padre, não é o senhor que tem a obrigação de cuidar dos mortos?
- Sim, sou eu! Mas também é minha obrigação avisar os familiares!
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A meio da noite, o padre passa perto de um cemitério e leva o maior susto quando escuta:
- Hum, hum, hum!
O padre pára, reza um pai-nosso, faz o sinal da cruz, enche-se de coragem e pergunta:
- Do que é que essa pobre alma está precisando?
- De Papel higiénico !!
terça-feira, 2 de novembro de 2010
A LOIRA NO ZOOLÓGICO!!! Piadas do Éber
Ao chegar perto da jaula do Leão, ela viu uma placa:
CUIDADO COM O LEÃO!
Mais à frente, outra jaula, outra placa:
CUIDADO COM O TIGRE!
Mais à frente:
CUIDADO COM O URSO!
Depois chega a uma jaula que está vazia e lê:
CUIDADO: TINTA FRESCA!
Desesperada, a loira corre aos gritos:
- O TINTA FRESCA FUGIU! O TINTA FRESCA FUGIU!!!!
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A GARRAFA TÉRMICA
Uma loira entra numa loja e vê uma coisa brilhante.
O que é isso? - pergunta ela.
- Uma garrafa térmica - responde o vendedor.
- E o que ela faz? - pergunta ela.
O vendedor explica:
- Ela mantém frias as coisas frias e quentes as coisas quentes. A loira
compra a garrafa térmica.
No dia seguinte ela a leva para o trabalho. Seu chefe, estranhando esse
objecto brilhante, pergunta
- O que é?
- Uma garrafa térmica - responde ela.
- E o que faz? - pergunta o chefe.
- Mantém quentes as coisas quentes e frias as coisas frias - responde a
loira.
O chefe pergunta:
- E o que tem dentro?
A loira, satisfeita, diz:
- Duas xícaras de café e um suco gelado.
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CORTINAS
Uma loira entra numa loja de cortinas e diz para o empregado:
- Por favor, eu queria umas cortinas para o monitor do meu computador!
O empregado, espantado, diz:
- Mas, minha senhora, os monitores não necessitam de cortinas. Diz a
loira,com ar de espertalhona:
- Helloooooooooooooooo?!?!?!?!......... Eu tenho o Windows!!!!!!!
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A EXTRAÇÃO DO RIM
A loira passeava pelo shopping quando, de repente, encontra uma velha
conhecida:
- Nossa, maravilhosa! Como você emagreceu!
- Pois é... Perdi quinze quilos! Tive de extrair um rim!
- Credo! Eu não sabia que um rim pesava tanto...
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ESCUTANDO VOZES
O psiquiatra pergunta à loira:
- Costuma escutar vozes, sem saber quem está falando ou de onde vêm?
- Sim... Costumo!
- E quando é que isso acontece?
- Quando atendo o telefone!
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A TRAIÇÃO
Uma loira está preocupada, pois acha que o seu marido está tendo um caso.
Vai até uma loja de armas e compra um revólver.
No dia seguinte, ela volta para casa e encontra o seu marido na cama, com
uma ruiva espectacular.
Ela aponta a arma para a própria cabeça. O marido pula da cama, implora e
suplica para que ela não se mate.
Aos berros, a loira responde:
- Cala a boca, cretino...Você é o próximo!
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A TORCIDA
A loura estava tentando tirar a tampa da Coca-cola e não conseguia.
- Que inferno!
O dono do bar explicou:
- Você tem que torcer.
E a loura, batendo palmas:
- Vamos Tam-pi-nha! Vamos Tam-pi-nha!
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DO OUTRO LADO
A loira está no bar. Ela chama o garçom e quando este se aproxima, ela se
levanta e fala baixinho no ouvido dele:
- Onde é o banheiro?
O garçom responde:
- Do outro lado.
A loira aproxima-se do outro ouvido do garçom e diz:
- Onde é o banheiro?
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EVA ERA LOURA
Descobriram que Eva era loura.
É que ela, numa bela tarde no paraíso, chegou por trás de Adão, tapou-lhe
os olhos e perguntou:
Adivinha quem é?
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CONTRA-MÃO
O Polícia diz para uma loira:
-Dirigindo na contra mão! A senhora não está vendo para onde está indo?
-Não. Mas deve ser muito ruim lá, está todo mundo voltando.
Meninas e Meninos, Piadas enviadas por: Marizete Eler Sardinha Governador Valadares - MG
Vejam que crônica mais legal acerca do sotaque mineiro, sobretudo das mineiras, uai....
Na verdade soa como um elogio a nós mineiras!!
Felipe Peixoto Braga Netto (1973), afirma que não é jornalista, não é publicitário, nunca publicou crônicas ou contos, não é, enfim,
literariamente falando, muita coisa, segundo suas próprias palavras.
Alagoano, mora em Belo Horizonte e ama Minas Gerais.
Ele diz que nunca publicou nada, mas a crônica abaixo foi extraída do livro dele, 'As coisas simpáticas da vida', publicada pela "Landy Editora", São Paulo (SP) - 2005, pág. 82.
O SOTAQUE DAS MINEIRAS
(F.P.B. Netto)
O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar...
Afinal, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo das moças de Minas ficou de fora?
Porque, Deus, que sotaque!
Mineira devia nascer com tarja preta avisando: 'ouvi-la faz mal à saúde'.
Se uma mineira, falando mansinho,me pedir para assinar um contrato, doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: 'só isso?'.
Assino, achando que ela me faz um favor...
Eu sou suspeitíssimo.
Confesso: esse sotaque me desarma.
Certa vez quase propus casamento à uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.
Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas.
Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho.
Não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar'
Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'onde queu tô.'
Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.
Digo-lhes que não.
Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade.
Fala que ele é bom de serviço.
Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô.
Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço.
Faz sentido...
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem.
Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?'.
Para mim, isso é pleonasmo.
Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário...
Há outras.
Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada.
Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc).
O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados.
Quer dizer, por exemplo, trabalhar.
Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido.
Só querem saber o seu ofício.
Os mineiros também não gostam do verbo conseguir.
Aqui ninguém consegue nada.
Você não dá conta.
Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: '- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.'
Esse 'aqui' é outra delícia que só tem aqui.
É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase.
É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer 'olá, me escutem, por favor'.
É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.
Mineiras não dizem 'apaixonado por'.
Dizem, sabe-se lá por que, 'apaixonado com'.
Soa engraçado aos ouvidos forasteiros.
Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu apaixonei com ele...'
Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro).
Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira.
Nada pessoal
Aqui certas regras não entram.
São barradas pelas montanhas.
Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - 'Eu preciso de ir..'
Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta...
Só não me perguntem!
Mas que ele existe, existe.
Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.
No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa...
O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente.
Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente.
Entendeu? Agarrar é agarrar, ora!
Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará: '- Ai, gente, que dó.'
É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras...
Não vem caçar confusão pro meu lado!
Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'.
Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.
Ah, e tem o 'Capaz...'
Se você propõe algo a uma mineira, ela diz: 'capaz' !!!
Vocês já ouviram esse 'capaz'?
É lindo. Quer dizer o quê?
Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'!? - com algumas toneladas de ironia...
Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'ô dó dôcê'.
Entendeu? Não? Deixa para lá.
É parecido com o 'nem...' . Já ouviu o 'nem...'?
Completo ele fica: '- Ah, nem...'
O que significa?
Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum.
Mas de jeito nenhum mesmo.
Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'.
Resposta: 'nem...'
Ainda não entendeu? Uai, nem é nem.
Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?
Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras.
Aliás, deslizes nada.
Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.
Se você, em conversa, falar: 'Ah, fui lá comprar umas coisas...'..
- Que's coisa? - ela retrucará.
O plural dá um pulo.
Sai das coisas e vai para o 'que'!
Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade', no lugar de 'pela metade'.
E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:
- Ele pôs a culpa 'ni mim'.
A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas...
Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'.
E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras nem se espantam.
Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim.
Fórmula mineira é sintética e diz tudo.
Até o tchau, em Minas, é personalizado.
Ninguém diz tchau, pura e simplesmente.
Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'.
É útil deixar claro o destinatário do tchau...
Na verdade soa como um elogio a nós mineiras!!
Felipe Peixoto Braga Netto (1973), afirma que não é jornalista, não é publicitário, nunca publicou crônicas ou contos, não é, enfim,
literariamente falando, muita coisa, segundo suas próprias palavras.
Alagoano, mora em Belo Horizonte e ama Minas Gerais.
Ele diz que nunca publicou nada, mas a crônica abaixo foi extraída do livro dele, 'As coisas simpáticas da vida', publicada pela "Landy Editora", São Paulo (SP) - 2005, pág. 82.
O SOTAQUE DAS MINEIRAS
(F.P.B. Netto)
O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar...
Afinal, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar, sensual e lindo das moças de Minas ficou de fora?
Porque, Deus, que sotaque!
Mineira devia nascer com tarja preta avisando: 'ouvi-la faz mal à saúde'.
Se uma mineira, falando mansinho,me pedir para assinar um contrato, doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: 'só isso?'.
Assino, achando que ela me faz um favor...
Eu sou suspeitíssimo.
Confesso: esse sotaque me desarma.
Certa vez quase propus casamento à uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.
Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas.
Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho.
Não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar'
Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'onde queu tô.'
Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.
Digo-lhes que não.
Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade.
Fala que ele é bom de serviço.
Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô.
Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço.
Faz sentido...
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem.
Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: 'cê tá boa?'.
Para mim, isso é pleonasmo.
Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário...
Há outras.
Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada.
Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc).
O verbo 'mexer', para os mineiros, tem os mais amplos significados.
Quer dizer, por exemplo, trabalhar.
Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido.
Só querem saber o seu ofício.
Os mineiros também não gostam do verbo conseguir.
Aqui ninguém consegue nada.
Você não dá conta.
Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: '- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.'
Esse 'aqui' é outra delícia que só tem aqui.
É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase.
É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer 'olá, me escutem, por favor'.
É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.
Mineiras não dizem 'apaixonado por'.
Dizem, sabe-se lá por que, 'apaixonado com'.
Soa engraçado aos ouvidos forasteiros.
Ouve-se a toda hora: 'Ah, eu apaixonei com ele...'
Ou: 'sou doida com ele' (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro).
Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira.
Nada pessoal
Aqui certas regras não entram.
São barradas pelas montanhas.
Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - 'Eu preciso de ir..'
Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta...
Só não me perguntem!
Mas que ele existe, existe.
Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.
No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa...
O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente.
Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente.
Entendeu? Agarrar é agarrar, ora!
Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará: '- Ai, gente, que dó.'
É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras...
Não vem caçar confusão pro meu lado!
Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro 'caça confusão'.
Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele 'vive caçando confusão'.
Ah, e tem o 'Capaz...'
Se você propõe algo a uma mineira, ela diz: 'capaz' !!!
Vocês já ouviram esse 'capaz'?
É lindo. Quer dizer o quê?
Sei lá, quer dizer 'ce acha que eu faço isso'!? - com algumas toneladas de ironia...
Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: 'ô dó dôcê'.
Entendeu? Não? Deixa para lá.
É parecido com o 'nem...' . Já ouviu o 'nem...'?
Completo ele fica: '- Ah, nem...'
O que significa?
Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciou não fará o que você propôs de jeito nenhum.
Mas de jeito nenhum mesmo.
Você diz: 'Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?'.
Resposta: 'nem...'
Ainda não entendeu? Uai, nem é nem.
Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?
Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras.
Aliás, deslizes nada.
Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.
Se você, em conversa, falar: 'Ah, fui lá comprar umas coisas...'..
- Que's coisa? - ela retrucará.
O plural dá um pulo.
Sai das coisas e vai para o 'que'!
Ouvi de uma menina culta um 'pelas metade', no lugar de 'pela metade'.
E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:
- Ele pôs a culpa 'ni mim'.
A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas...
Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'.
E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras nem se espantam.
Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim.
Fórmula mineira é sintética e diz tudo.
Até o tchau, em Minas, é personalizado.
Ninguém diz tchau, pura e simplesmente.
Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'.
É útil deixar claro o destinatário do tchau...
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